quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ela deitou em seu colo, fechou os olhos e pediu para ele mexer em seus cabelos. Uma sensação de infinito invadiu o corpo dela e era como se estivesse flutuando, como se o mundo ao redor não existisse. Não era uma nova sensação, ela já sentira outras vezes, outras muitas vezes, mas parecia uma sensação renovada, e de fato diferente, pois há tempos não sentia aquelas mãos pesadas sobre si. Os olhos dela continuavam fechados, mas sabia que os dele se mantinham sobre ela e por isso sorria, imaginando aqueles olhos brilhantes admirando a sua face serena. Não pronunciavam nenhuma palavra, aquele momento não precisava. Os toques bastavam. O barulho de suas respirações bastavam. Mas, em algum momento, foi como se se entregassem novamente a um antigo sentimento. A vontade de toques mais profundos surgiu e foi ele que iniciou, descendo a mão por sua cintura, chegando em suas pernas. Ela tinha suas vontades e acreditou que ele também, e esperava, ansiosa e um pouco ofegante, que ele a tocasse. Um beijo adocicado surgiu de repente, e ela o recebeu, surpresa, mas com uma retribuição incrível. Os corpos se tocaram novamente e ambos tremiam, de ânsia, de desejo, de carinho, e por que não?, de amor. Sentiram a pele, o calor, a energia, um do outro, e mesmo aquele instante passando rapidamente, transmitiu uma sensação de eternidade. E a julgar pelos olhares, ainda havia, sim, mesmo que pequena e remota, uma chama de amor.


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